O mal de altitude, ou mal de montanha, é um sofrimento físico causado pela dificuldade do corpo em se adaptar à menor pressão de oxigênio, em regiões de altitudes elevadas. Isso significa que, um sopro de ar em uma praia ou em um cume de, digamos, 6.000 metros acima do nível do mar, seus pulmões transmitirão uma quantidade muito diferente de oxigênio ao sangue. Sem oxigênio suficiente, seu corpo começa a sofrer de hipóxia e, com isso, aparecem os primeiros sintomas de doença de altitude, soroche, hipobaropatia ou mal de montanha.
SINTOMAS DO MAL DE ALTITUDE
Você pode se sentir como se estivesse engasgando ou com uma ressaca. Também é possível sentir tontura, náusea, vômito, cansaço, dor de cabeça, aumento da frequência cardíaca e distúrbios do sono. Em casos de altitudes extremas, acima de 8.000 metros, pode ser fatal. Mas acalme-se, nós vamos por partes, já que a maioria dos casos da doença de altitude é leve
QUANDO E QUEM PODE ACONTECER?
A partir dos 2.500 metros de altitude é possível apresentar a doença de altitude ou “soroche”, como é mais conhecido em Cusco, no Peru. A cidade de San Pedro de Atacama, por exemplo, está a 2.400 metros acima do nível do mar, o que já pode causar desconforto para pessoas desacostumadas à altitude, mas em menor intensidade. Os efeitos da altitude são aumentados pela variação repentina de altitude. Por exemplo, se você pegar um avião de Santiago (520 metros) para La Paz (3.650 metros), é provável que você tenha os sintomas.
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Existem estudos que pessoas com menos de cinquenta anos têm maior probabilidade de sofrer desta doença. Além disso, há um fator de propensão biológico de cada indivíduo, o que é difícil de determinar se a pessoa sentirá ou não. As pessoas que praticam esportes cardiovasculares com frequência, tendem a ter mais chances de sairem ilesas dos sintomas da altitude.
Caso você já more em um lugar de grande altitude, terá menos chances de ser afetado por esse problema, pois seu corpo já deve estar acostumado. Caso você more no litoral, qualquer cidade acima de 2000 metros pode te fazer perder o fôlego (literalmente). Um exemplo prático e conhecido: a seleção brasileira jogando contra a Bolívia em La Paz. Em poucos minutos, os brasileiros parecerão cansados, enquanto a equipe boliviana pode manter o mesmo ritmo durante todo o jogo. Isso porque o corpo dos bolivianos se adaptou à falta de oxigênio no ar. Essa também é a razão pela qual algumas federações de futebol querem eliminar La Paz como sede de jogos.
COMO PREVENIR E EVITAR O MAL DE ALTITUDE?
1) Aclimatização: Pressa e altitude nunca foram bons amigos. É por essa razão que os escaladores que querem escalar o Everest passam dias, até semanas, no acampamento base. Não tente visitar os Geysers de Tatio (4200 msnm) no dia seguinte a chegada a San Pedro de Atacama. Deixe passar alguns dias para o seu corpo se acostumar com a altitude.
2) Descanse nos primeiros sintomas: O corpo enviará a você mensagens de que algo está errado. Quando você se sentir cansado ou os sintomas listados acima, deite-se e descanse.
3) Hidratação: Tome mais água do que o habitual para evitar que a desidratação piore os sintomas da doença. Beba antes mesmo que você sempre tenha sede.
4) Remédios e medicação: Você pode tomar Anti-inflamatórios não esteroides para aliviar os sintomas, como dor de cabeça e mal-estar geral, mas apenas aliviam os sintomas. A fórmula mais eficaz e é também a mais antiga. Consumir a folha de coca, seja como infusão ou mastigação, isso reduzirá consideravelmente o desconforto. Se você está preocupado com os efeitos narcóticos da planta, não precisa. Seriam necessários 500 sacos de chá de coca para extrair um grama de cocaína, dos quais apenas uma nanograma seria absorvido pelo corpo.
5) Sem álcool ou cigarro: Pode parecer óbvio, mas enquanto você estiver se acostumando com a altura, não é recomendado fumar. A última coisa que você precisa é que a sua capacidade pulmonar seja mais prejudicada. O álcool também não é aconselhável, pois promove a desidratação.
Nos casos em que os sintomas sejam mais forte é recomendável, além um oxigenoterapia (fornecimento de oxigênio extra) e descer a altitude menores, para que corpo se restabeleça.
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